sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Veronica Stigger e Cintia Moscovich vencem prêmios literários da Biblioteca Nacional

Veronica Stigger e Cintia Moscovich vencem prêmios literários da Biblioteca Nacional


RAQUEL COZER

COLUNISTA DA FOLHA

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O romance "Opsianie Swiata" (Cosac Naify), de Veronica Stigger, o livro de contos "Essa Coisa Brilhante que É a Chuva" (Record), de Cintia Moscovich, e o livro de poemas "Dever" (Companhia das Letras), de Armando Freitas Filho, estão entre os vencedores do Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional 2013. O livro de Cintia Moscovich já havia vencido, na semana passada, a categoria contos e crônicas do Prêmio Portugal Telecom.
No total, foram selecionados livros em nove categorias na premiação anual da Biblioteca Nacional. Concorreram obras inéditas publicadas no Brasil entre 1º de setembro de 2012 e 31 de agosto de 2013.
Karime Xavier /Folhapress
A escritora Veronica Stigger, premiada por "Opisanie Swiata"
A escritora Veronica Stigger, premiada por "Opisanie Swiata"
Também foram contemplados "Haicais para Pais e Filhos" (Galerinha Record), de Leo Cunha, na categoria infantil; "Marcéu" (Positivo), de Marcos Bagno, na categoria juvenil; "O Sujeito na Contemporaneidade" (Civilização Brasileira), de Joel Birman, como ensaio social; "A Tradução Literária" (Record), de Paulo Henriques Brito, como ensaio literário; "Contos Maravilhosos Infantis e Domésticos" (Cosac Naify), dos irmãos Grimm, na categoria projeto gráfico (por Flávia Castanheira); e "Mrs. Dalloway" (L&PM), de Virginia Woolf, pela tradução de Denise Bottmann.
O vencedor em cada categoria leva R$ 12.500.
Quatro dos nove vencedores foram obras publicadas por editoras do grupo Record --que, no ano passado, teve praticamente todos os títulos inabilitados por irregularidades no cadastro do ISBN (código internacional que identifica livros). Neste ano, a editora regularizou sua situação no cadastro.

Tom Zé diz que a incompetência marca o início de sua trajetória

folha de são paulo
Artista conta, no SescTV, como driblou falta de habilidade vocal
DE SÃO PAULOA história de Tom Zé só pôde ser escrita com a incompetência e pelo fato de ele a ter descoberto aos 15 anos. É isso o que afirma o próprio músico no "Passagem de Som", programa que o SescTV exibe no domingo, às 21h, seguido da apresentação de um show do artista em "Instrumental Sesc Brasil", às 21h30.
"Eu não cantava igual às pessoas, tinha sérias dificuldades e, no entanto, continuei estudando. Se pra mim tanto fazia um violão bom ou um violão ruim, eu podia tocar enceradeira", diz o artista, enquanto dirige seu carro em São Paulo, no "Passagem de Som", atração sobre os bastidores de show no Sesc.
O destino dessa viagem é a oficina do luthier Murilo Ferreira, onde são criados instrumentos como um violão que se desconstrói completamente: o braço pode ser retirado e tocado à parte, as tampas se transformam em instrumentos de percussão e a caixa tem apitos acoplados.
Tom Zé toca esse violão no show exibido às 21h30. E é ali que o baiano mostra o resultado de sua inventividade fora dos padrões, com músicas pinçadas de toda a carreira.
NA TV
Passagem de Som e Instrumental Sesc Brasil
Programas com Tom Zé
QUANDO domingo, às 21h ("Passagem de Som") e 21h30 ("Instrumental Sesc Brasil")
CLASSIFICAÇÃO 12 anos e livre

    Ruy Castro

    folha de são paulo
    Fumacê em Montevidéu
    RIO DE JANEIRO - Calma no Brasil. Só porque o Uruguai acaba de legalizar a produção, o consumo e a distribuição de maconha, ainda não é o caso de os adeptos brasileiros se mandarem em massa para Montevidéu. Ao entrar em vigência, a lei incluirá toda uma liturgia jurídica. Entre outras normas, o consumo pessoal será limitado a 40 gramas por mês e somente para uruguaios ou residentes maiores de 18 anos. Os quais terão de adquiri-la em farmácias autorizadas --será que exigirão receita?--, e não no seu velho e confiável fornecedor.
    As pessoas poderão plantá-la, mas só serão permitidos seis pés por cidadão. Ou se associar a "clubes de cultivo", em grupos de 15 a 40 membros por clube. Todas as etapas serão reguladas pelo Estado e significarão um cadastramento monstro de produtores, usuários e locais para se consumir a erva. Por sorte, os uruguaios, em sua maioria, se conhecem uns aos outros, de vista ou pelo nome.
    Quarenta gramas, dizem minhas fontes, rendem cerca de 50 baseados. Serão suficientes para um mês? Há quem fume isso por semana. Imagino que, na falta e na fissura, o cidadão baterá à porta da vizinha e pedirá alguns miligramas emprestado, como os caretas pedem uma xícara de açúcar. Falando em caretas, a ideia de se associar a clubes não terá um quê de Rotary ou Lions, incompatível com o mito da liberdade e da rebeldia associado ao fumo?
    E, por falar em fumo, logo agora que se descobriu que o cigarro é um veneno e ficou proibido fumar em quase toda parte, vai-se poder fumar maconha em qualquer recinto? E o fumacê sobre os fumantes passivos?
    Por fim, sabendo-se que, a depender da potência, a maconha provoca alteração de consciência e uma certa dificuldade motora, será permitido dirigir sob o seu efeito? Haverá algum controle tipo Lei Seca? Ou o Estado se responsabilizará também pelos acidentes?