sexta-feira, 21 de março de 2014

125 anos de Cora Coralina

Avant-première

Por João Bernardo Caldeira | Para o Valor Econômico
125 anos de Cora
A partir de obras de Adélia Prado e Cora Coralina (1889-1985), duas amigas fazem um balanço de suas vidas. Esse é o enredo de "Cora e Adélia - Receita de Poesia em um Dedo de Prosa", que estreia quarta-feira no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. Com direção de Rafaela Amado, o espetáculo homenageia Cora, que publicou seu primeiro livro, "Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais", em 1965, quando tinha 76 anos.
Com Estados e municípios
Será em breve lançada nova linha do Fundo Setorial do Audiovisual destinada a injetar recursos em programas estaduais e municipais de fomento ao audiovisual. A intenção é estimular governos a desenvolver políticas para o setor e realizar investimentos casados com foco em produção de longas e obras para a TV. O valor total do aporte será de R$ 20 milhões. Aos que já possuem programas em curso, serão destinados R$ 30 milhões. Há cerca de um ano, a RioFilme propôs parceria com o Fundo. "Desejamos ter a RioFilme como parceira, assim como saudamos o surgimento da SP Cine, em São Paulo, e interesses manifestados por Pernambuco, Bahia, Tocantins, Ceará, Paraná, Alagoas e Rio Grande do Sul", diz Manoel Rangel, presidente da Ancine.
Brasil global
Criada em 1991, a conferência "Public Broadcasters International", que reúne emissoras públicas de todo o mundo, será sediada no Brasil, em novembro. É a primeira vez que o evento será realizado na América Latina. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) organizará a iniciativa, com a missão de incentivar a presença de emissoras do continente latino. Com os drásticos cortes de orçamento observados na Europa, cresce o interesse por parcerias e troca de informação. Na reunião do comitê organizador, nesta semana, no Rio, com representantes de canais como BBC (Inglaterra), PBS (EUA) e NHK (Japão), foi debatida a proposta da EBC de implementação de uma rede de compartilhamento de conteúdo.
Brasil-França
Diretor da France Télévisions, Hervé Michel forneceu um retrato do mercado de TV francês, no RioContentMarket, semana passada. "Com a chegada da TV digital, o número de redes passou de sete para 25", disse. A legislação determina que apenas produtoras independentes podem produzir filmes, documentários, animação e dramaturgia. Os canais limitam-se às áreas de esportes, notícias e variedades. Embora a ficção domine o mercado (61% das produções), Michel sugeriu parcerias na produção de documentário: "O mercado francês ainda está se desenvolvendo em termos de coprodução, mas precisaremos de novos parceiros".
Brasil-Argentina
Também presente no evento, a deputada argentina Liliana Mazure destacou a importância do fundo de coprodução realizado com o Brasil. "Criou uma relação mais dinâmica entre produtores argentinos e brasileiros", afirmou. Ex-presidente do Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais, Liliana diz que ainda há muito a se desenvolver na América Latina: "Os países ainda precisam construir políticas de inclusão do audiovisual e da cultura, assim como pensam moradia, alimentação, educação e saúde".
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