domingo, 12 de janeiro de 2014

"É extraordinário viver", afirma o cantor Marcelo Jeneci

folha de são paulo

"É extraordinário viver", afirma o cantor Marcelo Jeneci


NATÁLIA ALBERTONI

DE SÃO PAULO
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Se o cantor Marcelo Jeneci pudesse escolher uma frase de "autoajuda", seria esta: "é extraordinário viver". A sentença também traduz o clima de seu disco recém-lançado, "De Graça", o qual ele apresenta no Sesc Pompeia, na sexta (17), no sábado (18) e no domingo (19).
Apesar do clima alto-astral da maioria das novas composições —que se contrapõe à melancolia do primeiro, "Feito pra Acabar"—, Jeneci diz que não é um otimista. "O otimista acredita que tudo vai dar certo. Eu não. Espero que, dos erros, possa sair algo de positivo", diz em entrevista à sãopaulo.

Marcelo Jeneci lança "De Graça"

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Adriano Vizoni/Folhapress
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O compositor Marcelo Jeneci em sua casa, no Alto da Lapa, em São Paulo
A fase positiva veio com uma mudança física. Nas imagens promocionais, Jeneci aparece purpurinado. Ele explica que posou para as fotos num período próximo ao aniversário (que é dia 7 de abril) e que na época estava "adorando me maquiar, usufruir desse lance da maquiagem, como se faz na Índia". Apesar de ter começado a usar o recurso em shows, disse que não tem utilizado, mas nunca se sabe. "Se a roupa for muito simples, vale à pena. Quanto mais opção melhor. Para mim o futuro tem a ver com alternativas.
Mesmo com toda a positividade —como ele prefere classificar—, o CD também tem uma parte reflexiva. "Mais de uma pessoa me disse que o disco tem um lado A e um lado B. É um pouco como a vida se dá para mim: a superficialidade da diversão e a profundidade. Por isso há duas camadas também na arte da capa", explica.
Questionado se a dualidade existe por um dificuldade de escolher algum gênero para se debruçar, ele diz que não, que escolheu fazer o disco dessa forma porque não se satisfaria se o fizesse com uma única linguagem.
Mas concorda que "a gente vive numa época muito fértil culturalmente, mas que ao mesmo tempo traz uma doença que é uma dispersão...".
É das nuances que surgiram letras como "Alento", "O Melhor da Vida" e a paulistaníssima "Tudo Bem, Tanto Faz", que ele cantarola ao telefone (Sair?/Pra quê?/Prefere só ligar a TV/Jornal pra ler/E aquele amor, melhor esquecer) e leva ao palco ao lado de antigas como "Pra Sonhar" e "Felicidade".

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